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Proibir a apresentação do passaporte da vacina na véspera de carnaval é irresponsabilidade

Por Arilson Chiorato, deputado estadual e presidente do PT-PR

É sabido que, em países considerados desenvolvidos, o passaporte da vacina é uma realidade, para adentrar em diferentes tipos de estabelecimentos. Em artigo anterior, já comentei sobre o quanto essa política pública é fundamental para conter a crise sanitária que, em menores proporções, ainda mata.

Esta semana, foi aprovado na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, um projeto que, pasmem, PROÍBE o passaporte da vacina. O mais revoltante é que isto acontece em plena véspera de carnaval.

Não gosto de soar trágico, mas dá pra não dizer que este projeto é suicida? Dá pra não dizer que este projeto ignora a vida de seres humanos? É fato que, quem tomou as vacinas está consideravelmente protegido contra casos graves de COVID. Mas é fato também que existe uma porcentagem considerável de pessoas que não tomou as vacinas, que segue morrendo. Veja este dado, nas últimas 24 horas, 996 pessoas morreram por COVID no Brasil.

É alarmante, é preocupante. Mas também é revoltante que representantes do povo, diante de um número que ainda é elevado, proíbam a utilização do passaporte da vacina em território paranaense.

Nossa preocupação deve ser em proteger as pessoas, a sequela da COVID não é apenas a morte. Muitas pessoas que pegaram COVID recentemente e, por conta da vacina não tiveram consequências fatais, estão ainda enfrentando outras sequelas que podem ser levadas para toda a vida.

O passaporte da vacina é uma necessidade, é prudente que a gente adote mecanismos que coloquem a vida das pessoas sempre em primeiro lugar. Não cabe ao parlamento, a irresponsabilidade, a inconsequência, o individualismo e o negacionismo. É no mínimo incoerente com nosso juramento, onde dissemos jurar que promoveríamos o bem de nosso estado.

Ora, o bem de nosso estado, é antes de qualquer coisa o bem de seu povo. Portanto, a saúde dos paranaenses é o bem de nosso estado, a vida dos paranaenses também o é.

Considero que proibir o passaporte da vacina, em plena véspera de carnaval, escancara o grau de desinteresse na proteção do povo paranaense. Sabemos o estrago que causaram outras datas comemorativas, com alto índice de disseminação do vírus. O fim do ano de 2021 e início de 2022, por exemplo, fez com que muitas cidades do estado ficassem até mesmo sem testes de COVID.

Não podemos virar as costas para o que é essencial, e para combatermos a COVID, o passaporte da vacina é um grande aliado, que em vez de proibido, deveria ser instituído amplamente nos estabelecimentos paranaenses.

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