Por Arilson Chiorato, deputado e presidente do PT- Paraná
Com clima festivo, abraços apertados, aplausos e muita emoção. Assim foi a recepção de Lula no Paraná neste fim de semana. Nos dois momentos, em Curitiba, na sexta-feira (18/03), e, no sábado (19/03), em Londrina, a recepção calorosa não deixa dúvida que Lula é muito bem-vindo ao Paraná. Foi a primeira visita do ex- e, em breve, futuro presidente ao estado após deixar a prisão, há dois anos e quatro.
Apesar ficar 580 dias encarcerado injustamente, como já reconheceu a Justiça, Lula não demonstra ressentimento, pois sabe que sua missão de resgatar a nação brasileira da fome e do desemprego é muito maior.
Em seu discurso no Assentamento Eli Vive, em Londrina, Lula disse: “A fome é uma doença que não dói aos olhos de quem não sente. É uma das coisas mais bárbaras que a humanidade deixou acontecer com ela”.
E, fala para mim, se Lula não tem razão? O Brasil é o 4º maior produtor de grãos (arroz, cevada, soja, milho e trigo) do mundo, atrás somente da China, dos Estados Unidos e da Índia, e um dos principais na produção de carne, mas por aqui as pessoas fazem fila por osso para alimentar suas famílias.
E Lula sabe disso porque ressaltou: “E é mais grave porque a gente tem capacidade de produzir alimento para todos os seres humanos (…). Só no Brasil, além de 19 milhões de pessoas que estão passando fome, tem mais 116 milhões de pessoas que estão com problema de insuficiência na sua necessidade de segurança alimentar”.
Por isso, quando Lula fala, mesmo diante de uma plateia de milhares de pessoas, como aconteceu neste fim de semana, não tem quem não pare para ouvi-lo eu ouvir com atenção, porque todos sabem da missão grandiosa desse ser humano, que luta para que o Brasil volte aos trilhos do desenvolvimento social, da solidariedade e da cidadania.
E Lula nos lembrou ainda que “um país soberano cuida do seu povo; um país soberano cuida da educação, cuida da saúde; num país soberano o governo decide tomar conta da suas fronteiras, das suas riquezas minerais, das suas florestas, das suas águas, dos seus alimentos. Um governo soberano é aquele que cuida do seu povo em primeiro lugar”.
Em sua fala, Lula também alertou sobre a máquina de fakenews que ameaça a democracia e a soberania dos brasileiros. A mesma que ajudou a ceifar milhares de vidas durante a maior pandemia dos últimos tempos. O negacionismo só não foi maior que o SUS (Sistema Único de Saúde), que precisa urgentemente ser restaurado.
Depois de ouvir Lula, em Curitiba e em Londrina, tenho certeza que, quem o também ouviu falar, teve sua energia e esperança renovadas. O discurso de Lula foi uma verdadeira injeção de ânimo não só para a militância, que ajuda a romper a bolha do bolsonarismo, mas para todos que tiveram o prazer de participar desses encontros.
Precisamos, mais do que nunca, da união popular, da solidariedade, da partilha, do senso coletivo para mudar a história desse país. Vamos juntos colocar o Paraná à esquerda, eleger a maior bancada já vista de deputados que defendem um mundo menos desigual e com mais afeto, vamos eleger Requião e Lula para chancelar a virada que o Brasil precisa.
Foto: Ricardo Stuckert
