Na sessão remota do dia 02/06, o deputado estadual Arilson Chiorato falou sobre as manifestações contra o racismo que tem acontecido, especialmente a que ocorreu no dia 01/06 em Curitiba, que foi grandemente explorada pelas mídias tradicionais e alternativas do Estado.

Após o assassinato do estadunidense negro, George Floyd, cometido por um policial branco, os Estados Unidos e o mundo se chocaram contra um crime de caráter notoriamente racial. Com isso, muitos países, apesar do isolamento social, contam com manifestações de rua, de pessoas que denunciam o racismo.

No domingo (01/06), um ato em Curitiba, apartidário e convocado pelas redes sociais, contou com cenas de depredação, que para a mídia se tornou o foco das reportagens. Portanto, o deputado Arilson defendeu a pauta das manifestações, que denunciam o racismo e a morte de pessoas negras, especialmente de jovens pobres.

No Brasil, segundo a Organização das Nações Unidas, a cada 23 minutos morre um jovem negro. Motivados pelas manifestações que acontecem nos Estados Unidos e em outros países, os manifestantes denunciaram as mortes que acontecem no Brasil. Arilson lamentou que “é muito ruim que as notícias sejam os atos de vandalismo, as notícias tem que ser a denúncia do racismo. O movimento não pode ser deixado em segundo plano, deve ser o foco, esses atos estão funcionando como cortina de fumaça para esconder a luta contra o racismo”.

Arilson ainda disse na sessão que não aceitaria que a direita e os conservadores tentassem responsabilizar a esquerda pelos atos de depredação que aconteceram nas manifestações da capital paranaense. Lamentou a depredação e se solidarizou com os comerciantes que tiveram suas lojas atacadas.

O deputado disse também que “apesar de eu ser contra atos de depredação, de queimar ou rasgar a nossa bandeira, eu acho muito mais grave um presidente que diz “e daí” quando perguntado sobre os mortos por coronavírus, um presidente que com mais de 30 mil mortos não faz nada para proteger a população”.