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Preço abusivo do pedágio no Norte Pioneiro liderou as reclamações em Cornélio

O alto preço do pedágio, obras não realizadas e número de mortes nas estradas do Norte Pioneiro lideram as queixas na terceira audiência pública realizada pela Frente Parlamentar do Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), no auditório do Centro Cultural Professor Galdino de Almeida em Cornélio Procópio. Os pedágios mais caros do Estado estão no Norte Pioneiro. Na praça de Jataizinho, a tarifa é de R$ 26,40; em Jacarezinho, R$ 24,40 e Sertaneja, R$22,70.

Assim como tem ocorrido em outras cidades, diversos setores da sociedade fizeram uso da fala e externaram indignação e preocupação com o novo modelo do pedágio. Também citaram o descaso das concessionárias com os investimentos previstos em contrato. A não realização das obras, como foi colocada durante a audiência por vários participantes, ceifaram muitas vidas.

“Constatamos não só o descaso com as rodovias, mas também com vidas, que foram ceifadas por falta de segurança nas estradas, de pistas duplas, que diminuem as colisões frontais, consideradas as graves. Hoje, vimos aqui mais que números em planilha de Excel, tivemos a oportunidade de ver a ausência de tantas vítimas relatas por seus parentes. Precisamos urgentemente de mais humanidade”, avalia o coordenador da Frente do Pedágio, deputado Arilson Chiorato (PT).

Na avaliação de Arilson, a audiência mostrou, mais uma vez, que a população está cansada de pagar pedágio caro e não ver obras feitas. “Este movimento será o maior já visto em prol da preservação da vida nas estradas e pelo fim do pedágio abusivo, caro e ineficiente”, afirma o coordenador da Frente do Pedágio.

A audiência contou com a participação de vários prefeitos, como de Cornélio Procópio e presidente da Associação dos Municípios do Norte do Paraná (AMUNOP), Amin José Hannouche, do prefeito de Carlópolis, presidente da Associação dos Municípios do Norte Pioneiro (AMUNORPI), Hiroshi Kubo, do Ministério Público, da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, de produtores rurais, do presidente da Confederação das Associações Comerciais do Norte do Paraná, de lideranças religiosas e de estudantes, entre outros.

Arilson questiona o aumento de praças de pedágios, que vai saltar de 27 para 42, a quilometragem, que vai passar de 2.500 para cerca de 3.300, além de imposto extra para o governo, a taxa de outorga. “O pedágio não vai baixar. A média será de 25% de desconto, mas com as 15 novas praças e mais 800 km de estrada pedagiada, vamos pagar mais. Além disso, tem “prêmio”, o chamado degrau tarifário para quem entregar a obra, ou seja, poderá aumentar em até 40% a tarifa. Não dá para aceitar”, ressalta.

“Pedágio só se for menor tarifa, que as pedagiadoras sejam fiscalizadas por conselhos, que tenham contratos revistos a cada cinco anos e penalizadas com seus patrimônios pelo não cumprimento dos contratos”, propõe.

Audiências – As audiências seguem na próxima quinta-feira (18), a partir das 9 horas, em Guarapuava, e na sexta-feira (19), em Francisco Beltrão, também às 9 horas.

Crédito foto –  Dálie Felberg/Alep

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