Ao companhar as notícias, cada dia mais, percebemos o quanto o Paraná deixou de ser olhado com cuidado e responsabilidade. Vou citar apenas quatro exemplos de descaso com o paranaense, de verdade, como eu e você. Renúncia Fiscal, Pedágio, Segurança Pública e Copel e Sanepar.
Vou começar pela renúncia fiscal de R$ 17 bilhões, que beneficia um grupo seleto de empresas, que ninguém sabe quem é nem a quantidade de empregos gerados.
Você sabe qual é o valor do Orçamento do Estado do Paraná em 2022? R$ 54 bilhões. A renúncia fiscal representa (pasmem!) cerca de 30% do dinheiro que o Estado tem para proporcionar um bom serviço de saúde, uma boa educação às nossas crianças, moradia e segurança pública. E não estou exagerando.
Esse grupo de empresários, que o governador Ratinho e sua equipe se recusa a informar os nomes e os empregos gerados, recebeu R$ 17 bilhões, certo?! A Saúde, em plena pandemia, teve um orçamento de R$ 6,2 bilhões; a Segurança Pública, R$ 4,2 bilhões e a Educação Básica 8, 49 bilhões.
Imagina só se essas áreas, consideradas chaves para o desenvolvimento, tivessem R$17 bilhões. Talvez, se a Segurança Pública tivesse não R$ 17 bilhões para investir em cuidado com a população, mas só uma fatia um pouco maior, os policias de Guarapuava não teriam sido surpreendidos por criminosos, não teriam suas vidas colocadas à mercê da criminalidade.
Essa fatia maior no orçamento desses setores, que impactam diretamente a vida de todos, resultaria em mais segurança, mais saúde, mais educação, mais valorização dos servidores. Não dá para ignorar, precisamos de um gestor que olhe para todos, sem distinção.
Quando penso no Paraná, penso no desleixo e na falta de cuidado com o nosso presente e futuro. Outro exemplo é o pedágio. A forma como foi construído este processo, cheio de falhas, permissivo com aqueles que usurparam a concessão das rodovias por décadas e preocupado em favorecer novamente os donos das pedageiras.
O Governo preocupou-se tão somente em garantir que os novos representantes das concessões tenham lucro fácil e certeiro. Em vez de garantir o menor preço para os motoristas, deu a garantia para as concessionárias que irão ficar satisfeitos com os lucros exorbitantes ao longo dos anos.
Aonde ficou a preocupação com a economia paranaense? Que vai sofrer com o aumento das praças e, assim que cair por terra o engôdo do pedágio mais barato, com a aplicação do degrau tarifário, vai onerar as empresas, os comerciantes e o bolso do consumidor final.
Acredito que o Governador não esteja apenas colocando a economia ou o Paraná em risco, ele representa o próprio risco para o nosso futuro.
E, por fim, não posso esquecer os lucros exorbitantes para acionistas da COPEL e SANEPAR, que enchem o bolso enquanto a conta de água e luz sobe, enquanto tem crise hídrica por falta de ações preventivas, assim como no caso da energia elétrica. O risco é para o povo, que está esquecido, já os representantes de pedageiras, os acionistas e os grandes empresários, esses surfam nas dificuldades financeiras do povo paranaense.
Foto: Comunicação Alep