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Diminuir as empresas públicas é uma opção política

Por Arilson Chiorato, deputado e presidente do PT-PR

Em teoria, as empresas públicas têm que desempenhar uma função social, ou seja, garantir que a população seja beneficiada através do trabalho desempenhado por tais instituições.

 Acontece que, a política neoliberal que passou a fazer parte do cenário econômico brasileiro na década de 1990, resultou em uma outra perspectiva, de desvinculação com a política e o papel social das empresas públicas.

As privatizações, a venda de ativos, faz com que o objetivo da empresa pública, seja na realidade o lucro privado. Que não retorna em quanto benefício social através de investimento em infraestrutura, baixas tarifas e regulamentação de preços. Ao contrário, os lucros passam a ser investidos no bolso dos acionistas.

E as empresas que foram construídas com muito esforço, através de recursos oriundos de impostos pagos pela população, passam a ser vendidas ou fatiadas, sem levar em conta todo o investimento empenhado pelos Governos e pela sociedade.

No Paraná e no Brasil, tivemos a felicidade de contar com governos progressistas e de líderes estadistas, como Requião e Lula, que fortaleceram as políticas de Estado. Que voltaram as empresas públicas às necessidades da população, com políticas de preço e programas sociais que beneficiavam a população, em especial o setor mais pobre de nossa sociedade.

Entre tantos programas, destaco aqui alguns que ficaram no imaginário da população, Requião criou a Luz Fraterna e a Tarifa Social da Água. Lula investiu os royalties do Pré-Sal na saúde e na educação. Estas são opções políticas de líderes que pensaram no bem estar de seu povo, em vez de beneficiar acionistas e sanguessugas do Estado.

Atualmente, o que vemos, é o retorno do entreguismo, da falta de compromisso e responsabilidade que os governantes têm com as empresas públicas e com a população que sofre com a ausência de políticas reguladoras.

Se pensarmos a nível nacional, o preço da gasolina é nada mais do que o resultado de uma opção política. A mudança na política de preços da PETROBRÁS foi a primeira mudança que fizeram depois de derrubar a ex-presidenta Dilma. Assim como, no Paraná, os preços da água e da luz estão insustentáveis.

Gosto de lembrar que representantes eleitos pela população fazem opção política. É positiva para uns, negativa para outros. Mas é uma opção, é uma escolha. Quando o Governador aumenta a tarifa de luz e amplia o repasse de lucros para os acionistas, esta é uma escolha em beneficiar alguns poucos e prejudicar milhões de paranaenses.

Portanto, é fundamental ter em mente que o nosso talão de luz está cada dia mais caro, onerando as despesas mensais do paranaense, enquanto tem alguns muito ricos, que nem no Brasil moram e recebem, a cada ano, lucros maiores do que no ano anterior. E essa é uma escolha política que não tem qualquer grau de compromisso com a população.

Foto – AEN

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