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Arilson denuncia ilegalidade na contratação de escritório de advocacia pela Copel

Repleto de irregularidades e equívocos, o processo de privatização da Copel pelo governo Ratinho Jr. apresenta mais uma falha, desta vez relativa à contratação, sem licitação, de um escritório de advocacia fazer a instrução da privatização da empresa. A denúncia foi feita pelo deputado estadual Arilson Chiorato (PT) hoje (17) na Assembleia Legislativa (Alep).

No dia 31 de janeiro, em Comunicado ao Mercado, a Copel informou que o Conselho de Administração da empresa havia autorizado a contratação de assessorias técnicas. Posteriormente, no dia 9 de fevereiro, a Copel contratou sem licitação o escritório de advocacia Stocche, Forbes, Filizzola, Clapis, Passaro e Meyer Sociedade de Advogados, de São Paulo, por R$ 4,1 milhões. No entanto, a Lei Federal e Lei Estadual de licitações impede a contratação direta de consultorias e escritórios de advocacia sem que haja comprovação da “inviabilidade de competição”, o que não é o caso, uma vez que outros escritórios de advocacia do País têm capacidade para fornecer o serviço.

“A pressa do governo em privatizar a Copel está gerando situações absurdas. A Copel firmou, sem licitação, um contrato milionário com um escritório de advocacia de São Paulo para fazer a instrução da privatização, sendo que outros escritórios do País podem fazer o mesmo serviço. É no mínimo estranho. Por que a preferência por este escritório em particular? Cadê a transparência e o compliance da Copel e do governo Ratinho Jr?”, questionou Arilson, presidente da Frente Parlamentar das Estatais e Empresas Públicas da Alep.

Durante a sessão, o parlamentar protocolou dois requerimentos de pedido de informações ao chefe da Casa Civil do governo Ratinho Jr. cobrando esclarecimentos sobre o caso. Foram solicitadas as justificativas técnicas para a contratação sem licitação; cópia integral do processo de contratação e todos os atos de execução do contrato; se houve privilégio na contratação do escritório; e a existência de possível conflito de interesses na contratação, uma vez que um dos sócios do escritório na época da contratação, Daniel Abraham Lora, é filho de Leila Abraham Loria, que compõe o Conselho de Administração da Copel.

“Também questionamos os motivos que levaram o governo Ratinho Jr. a transferir para a Copel a responsabilidade pela contratação do serviço, uma vez que, pela Lei, cabe à Casa Civil fazer a contratação de serviços de consultoria e assessora técnica especializados”, questionou Arilson.

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