Após o fracasso de uma Medida Provisória do Governo Federal, que criava uma carteira digital do estudante emitida pelo governo, ao menos 5 projetos de lei foram apresentados na Assembleia Legislativa do Paraná, visando, na prática, implantar a ideia rejeitada em Brasília no Estado do Paraná.
Para o deputado estadual Arilson Chiorato, a medida visa enfraquecer e fragilizar o Movimento Estudantil.
“Desde que Bolsonaro assumiu, ele tenta acabar com as organizações sociais e os focos de resistência crítica, como é o caso do Movimento Estudantil e os sindicatos”, salienta.
Os projetos em questão tratam-se dos PLs 95/2020, 96/2020, 100/2020, 106/2020 e 111/2020, com autoria de vários deputados. Chiorato reitera que não é preciso o Legislativo criar um projeto implantando algo que já existe atualmente.
“A justificativa desses projetos é a necessidade de garantir o acesso à carteira do estudante e a meia entrada aos estudantes de baixa renda. Porém, isso já existe, não há a necessidade de se criar um projeto de lei. A carteirinha da União Nacional dos Estudantes, por exemplo, é emitida de forma gratuita a todos os estudantes de baixa renda”, reforça.
Na parte da manhã, Arilson se reuniu com a presidente da União Paranaense dos Estudantes (UPE), Larissa Souza, com o presidente da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), Wellington Tiago, com o secretário de comunicação da UPES, Leonardo Costa, e com a representante da entidade estudantil do Conselho Estadual do IFPR, Rulianna Caldeira.
As entidades acompanham a tramitação desses projetos na Assembleia Legislativa e pediram a Chiorato apoio na luta contra o desmonte das entidades estudantis. O deputado afirma que vai se empenhar nesta luta.
“O Movimento Estudantil tem papel primordial na história do Brasil. Na luta pela democracia, pelos direitos do povo brasileiro e pela educação pública e de qualidade. Contem com a nossa luta nesta causa!”, conclui.
Por Louan Brasileiro, da Assessoria de Comunicação