A atuação dos cerca de 12 mil assistentes sociais no Paraná, nas mais diferentes políticas e projetos de cunho social em todo o estado, foi celebrada em sessão solene realizada na manhã desta quarta-feira (22), no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), que marcou o Dia do Assistente Social. A solenidade, proposta pelo deputado Arilson Chiorato (PT), também homenageou os 75 anos de Serviço Social no território paranaense, data marcada pela criação do curso de Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), no dia 27 de maio de 1944. No encontro, que contou coma presença de representantes de entidades e instituições ligadas à categoria, foram debatidas ações de fortalecimento do exercício profissional e da agenda de defesa dos direitos e da profissão.
“Hoje, com toda a pauta que é debatida em âmbito nacional, estamos muito preocupados. Primeiro com o congelamento dos investimentos do Governo Federal na área social pelos próximos 20 anos. Segundo, com a precarização dos serviços públicos do país e dos benefícios dos programas sociais. Também nos preocupamos com a falta de espaços para os assistentes sociais dentro dos municípios. Então, além de comemorarmos, precisamos também fazer uma reflexão sobre a atuação destes profissionais pelo bem-estar da população paranaense”, explicou o deputado Chiorato.
Para a presidente do Conselho Regional de Serviço Social do Paraná (CRESS-PR), Joziane Cirilo, neste ano de 2019, o Dia do Assistente Social está sendo marcado pelos debates com ênfase na conjuntura de ataques aos direitos sociais e de congelamento de recursos para as políticas públicas na área social. “Enfrentar esses ataques exige ações planejadas que promovam o debate sobre as demandas da formação profissional, a qualidade do serviço prestado pelos assistentes sociais e as condições éticas e técnicas para o trabalho dos profissionais”, afirmou.
De acordo com a ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome do Governo Lula e representante da Frente Nacional em Defesa do Sistema Único de Saúde e da Seguridade Social, Marcia Helena Carvalho Lopes, neste momento de cortes às políticas públicas na área social o profissional de serviço social não pode admitir que nenhum direito seja retirado dos cidadãos brasileiros. “É muito importante encontrar no serviço social essa disposição de luta. Não podemos num momento como este pensar em recuar. Cada passo pra frente é um sinal de capacidade, de esperança e de luta. Como nós queremos muito mais do que já conquistamos, não vamos nos conformar com essas medidas de enfraquecimento das políticas sociais”, disse.
Cooperação – Ainda durante o evento, foi assinado um termo de cooperação entre o CRESS-PR e o Ministério Público do Paraná (MP-PR), para a fiscalização dos equipamentos sociais no estado. “O Ministério Público, para cumprir efetivamente o seu papel de defensor do regime democrático, tem que intervir, preferencialmente, em favor daqueles que se encontram afastados da possibilidade do exercício dos direitos elementares da cidadania. A convivência com os profissionais do serviço social faz o Ministério Público ter essa capacidade de enxergar aqueles que são invisíveis na nossa realidade”, ressaltou o procurador Olympio de Sá Sotto Mayor Neto, coordenador da área de Direitos Humanos do MP-PR.
Também participaram da sessão solene o deputado Gilson de Souza (PSC), a vice-presidente do CRESS-PR, coordenadora da Comissão Temática de Direitos Humanos e líder da União Brasileira de Mulheres, Elza Campos, a coordenadora do curso de Serviço Social da PUC-PR, Maria Izabel Sheidt Pires, a professora do curso de Serviço Social e conselheira do CRESS-PR, Jucimeri Isolda Silveira e a representante da Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social, Jaqueline Batista Franco Ferreira.
Da Assessoria Parlamentar/Alep
