Meteorologistas afirmam que o Paraná vive a sua pior estiagem desde que o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) começou a monitorar as condições do tempo, em 1997. A baixa precipitação, que já dura dez meses e já reflete diretamente na rotina de nove das maiores cidades paranaenses, em praticamente todas as regiões do Estado.
Levantamento do Simepar aponta que o Paraná registrou chuvas bem abaixo da média histórica entre o período de junho de 2019 e março de 2020.
A redução média na precipitação foi de 33% nas regiões dos municípios de Curitiba (RMC), Ponta Grossa (Campos Gerais), Guarapuava (Centro), Maringá (Noroeste), Londrina (Norte), Foz do Iguaçu (Oeste), Cascavel (Oeste), Guaratuba (Litoral) e Umuarama (Noroeste).
A forte estiagem também já fez com que o Rio Iguaçu registre baixa vazão nas Cataratas do Iguaçu, deixando o cenário bem diferente do habitual, registrando no início do mês a vazão de 259 mil litros de água por segundo, o que representa 17,2% da vazão normal, que é de de 1,5 milhão.
PREVISÕES
As previsões para os próximos meses também são preocupantes, apontando que o volume de chuvas no Paraná deve ficar abaixo da média normal no período que varia de três a seis meses.
“O verão ficou marcado por precipitações muito abaixo do esperado, o que levou ao cenário de intensificação da estiagem em quase todo o Paraná”, explica o coordenador de operação do Simepar, Antonio Jusevicius.
O Simepar prevê, para os próximos três meses, chuvas abaixo ou dentro da média esperada além de temperaturas pouco superiores ou próximas às registradas para esse período, o que deve amenizar as necessidades do solo, mas a expectativa é de que os reservatórios só voltem ao volume normal com as chuvas do próximo verão.
CONSUMO CONSCIENTE E ECONOMIA
A estiagem reforça a necessidade do consumo consciente da água em todo o Paraná.
Na Região Metropolitana de Curitiba, a mais afetada por essa estiagem, a
Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), implantou sistema de rodízio para consumo de água nos bairros da capital e municípios da região metropolitana.
Nas demais regiões do estado, o alerta para consumir a água de maneira consciente e sem desperdício também está valendo, tendo em vista que os próximos meses devem continuar sendo de pouca chuva.
DICAS PARA O CONSUMO CONSCIENTE DE ÁGUA
Confira abaixo algumas dicas retiradas do site Infomoney para reduzir o consumo de água na sua casa e contribuir com a economia deste recurso tão precioso e essencial para a vida.
1. Tome banhos mais curtos
Se cada pessoa de São Paulo reduzissem em cinco minutos o tempo de banho diário, daria para economizar 26,8 bilhões de litros de água por mês.
2. Feche o chuveiro sempre que possível
Além de demorar menos tempo no banho, evite deixar o chuveiro aberto enquanto se ensaboa e ligue-o apenas quando for se enxaguar. Assim, o consumo cai de uma média de 180 para 48 litros a cada banho.
3. Mantenha a torneira fechada
Ao escovar os dentes, lavar o rosto ou as mãos, mantenha a torneira fechada. A economia é de 12 litros em casas a 80 litros em apartamentos.
Fique atento também se a torneira não continua pingando água mesmo quando fechada. No período de um ano, ao menos 16 mil litros de água limpa são desperdiçados apenas pelo mau fechamento das torneiras.
4. Cuidado com os vazamentos
Por mês, 96 mil litros de água potável são desperdiçados por um buraco de dois milímetros em um cano. A quantidade de um dia é capaz de lavar todas as roupas em uma só lavagem na máquina de lavar.
5. Use a descarga com consciência
Se pressionada por seis segundos, cada descarga do vaso sanitário consome entre 6 e 10 litros de água. Utilize-a somente quando houver necessidade e não jogue lixo no vaso sanitário.
6. Limpe antes de lavar
Muitas pessoas exageram no consumo de água na hora de lavar louça, seja por deixar a torneira aberta ou porque a louça está muito suja. Para evitar, retire o excesso de sujeira dos pratos, copos, talheres e panelas a seco, antes de abrir a torneira e mantenha-a fechada.
Com a máquina de lavar louças, tenha atenção para liga-la apenas quando estiver cheia.
7. Lave a roupa com menos frequência e mais atenção
Ligue a máquina de lavar roupas apenas quando ela estiver completamente cheia; o consumo de uma máquina de cinco litros é de 135 litros a cada uso. Você também pode deixar a roupa acumular e lavar tudo de uma só vez.
8. Não utilize a mangueira
Seja para lavar o carro ou regar as plantas, não utilize a mangueira: se usada por 15 minutos, ela consome 180 litros de água. Para lavar o carro, prefira um pano úmido e balde e, para regar, um regador.
9. Use a vassoura para limpar a calçada
Não utilize a mangueira para lavar a calçada; além de desnecessário, o consumo de água é grande. Prefira uma vassoura ou água de reuso.
10. Cuide da água da piscina
Sempre que não utilizada, cubra a piscina – assim, a evaporação diminui em até 90%. Em uma piscina de tamanho médio, a perda chega a ser de 3.785 litros por mês, o suficiente para consumo de quatro pessoas por um ano.
11. Atente-se à caixa d’água
Não deixe a caixa transbordar e mantenha-a sempre fechada para evitar a evaporação. Junto do consumo moderado, as chances dela durar mais tempo são maiores.
12. Reaproveite a água
A água do banho e da máquina de lavar pode ser reutilizada para fazer as pequenas limpezas, como a da calçada ou do carro, e principalmente para dar a descarga.
13. Aposte em sistemas de reutilização
Os sistemas de reuso profissionais são caros, mas um investimento que, em longo prazo, gera economia no consumo de água e ainda mais na conta.
Para uma casa de 200 m², o sistema custa entre R$ 6 mil e R$ 10 mil que podem ser pagos em até quatro anos. Ele redireciona a água do chuveiro, máquina de lavar e pia usadas para outros usos.
Por Louan Brasileiro, da Assessoria de Comunicação
Com informações da AEN, Simepar, Instituto de Águas do Paraná e Infomoney