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Lula foi o presidente que mais combateu a corrupção

Por Arilson Chiorato, deputado e presidente do PT-PR

Um dos assuntos que estão sempre em pauta no debate político é a questão da corrupção. Seja em época de eleição ou não, quando falamos de política, geralmente, o tema corrupção aparece.
Mas o que é a corrupção, afinal?

Com uma rápida busca na internet podemos perceber que corrupção está associado a algo que foi corrompido, ou seja, que perdeu seu sentido original. Trazendo para a realidade, a corrupção não é só o que está em nosso imaginário. Quando pensamos em corrupção, logo vem à mente a ideia de que alguém roubou ou desviou muito dinheiro.

Acontece que também é corrupção apropriar-se da oportunidade alheia, um exemplo fresco na memória, é a farra das vacinas que aconteceu durante a pandemia, quando várias denúncias sobre pessoas que não estavam na lista de prioridades, tomaram a vacina antes do período determinado.

Porém, corrupção não está associada apenas ao bem público. Ações particulares, como furar uma fila ou estacionar em vaga de idoso, práticas que infelizmente são presentes em nossa sociedade e são tão normalizadas, que ganharam até um apelido carinhoso, o tal do “jeitinho brasileiro”.

Digo isso, não para tentar culpabilizar as pessoas e a sociedade por crimes que acontecem no âmbito governamental e do aparato público. Busco trazer estas questões para podermos contextualizar a relação que a nossa sociedade tem com a corrupção.

Tristemente, a história do Brasil é marcada pela corrupção. Depois do Império, a corrupção permaneceu e moldou uma cultura que normaliza práticas que adoecem nossa sociedade. Se pensarmos como era o ambiente político e eleitoral há algumas décadas, lembramos do clientelismo, do coronelismo que buscavam trocar acesso a serviços por apoio político.

Mas, é importante refletirmos sobre estas questões, porque, durante mais de 500 anos, seja no Brasil Colônia, Império, na República Velha, Nova, Ditadura Militar e até mesmo durante um período da redemocratização, foi apenas no Governo Lula, que existiu autonomia das instituições para investigar quem quer que fosse, sem interferências.

Este apanhado histórico nos mostra o grão de areia que ainda somos enquanto democracia, e mais, nos mostra que o enraizamento de determinadas práticas é tão profundo, que é preciso de muito empenho para promover mudanças significativamente transformadoras.

Foi com Lula que a Polícia Federal passou a ter autonomia para investigar e também condições que permitam as investigações, através de investimentos do Governo. Em 2003, quando o PT assumiu o governo, a PF realizou apenas 18 operações, já em 2015, realizou 516. Isso não quer dizer que a corrupção aumentou, mas que o combate à corrupção foi tratado como devia.

Também foi no Governo Lula, a criação do Portal da Transparência, que permite a fiscalização dos recursos públicos e dos gastos do Governo, a Lei de Acesso à Informação e a Controladoria Geral da União.

É inegável que os governos do PT foram os que mais contribuíram com o combate à corrupção, Lula nunca interferiu tentando proteger seus correligionários ou familiares, tanto membros do governo quanto os próprios filhos do ex-presidente foram alvos de investigação. Até mesmo um irmão de Lula foi investigado, devido a um simples telefonema.

Lula foi perseguido e preso não pelo que deixou de fazer, mas por ter colocado o dedo na ferida e promovido mudanças que impactaram a forma com que determinados grupos se beneficiavam, fosse através de corrupção e/ou monopólio, em detrimento da maioria da população.

Mexer com aqueles que estavam acostumados em serem os detentores do poder, custou muito para Lula e o PT, e acredito que uma das coisas que mais os incomodou foi ter instituído um verdadeiro divisor de águas para a relação com o combate à corrupção.

Pois hoje, por mais que o governo Bolsonaro busque alterar o comando da Polícia Federal a qualquer momento e interferir nas investigações, não tem mais como passar despercebido como antes. Após a instituição de mecanismos que contribuem com a fiscalização e combate à corrupção, fica insustentável tentar driblar a opinião pública, que já conheceu a realidade de um governo que permite investigações, independente de quem seja.

Hoje, a população que já provou dos dois governos, vai repetir o resultado do primeiro turno nas urnas, elegendo Lula no dia 30. Pois já não querem mais voltar para o Brasil que normaliza a corrupção, já estão habituados com o Brasil que mudou não apenas a vida das pessoas, mas a forma de gerir o bem público. O Brasil do futuro tem responsabilidade e não irá admitir o retrocesso.

foto – Ricardo Stukert

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