De acordo com novo modelo de pedágio, a região continuará com as praças de Floresta, Campo Mourão e Corbélia, e terá dois novos pontos de cobrança: Toledo e Mercedes
Menor preço e investimentos em obras de infraestrutura. Essas foram as demandas apresentadas por lideranças políticas e empresariais da região de Campo Mourão durante a 13ª audiência pública promovida pela Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná, realizada remotamente nesta quinta-feira (22) e transmitida pela TV Assembleia e pelas redes sociais do Poder Legislativo.
A reunião contou com a participação de prefeitos, vereadores, deputados, senadores e demais lideranças empresariais e comunitárias de toda a região. Durante quase três horas, os participantes da audiência relataram aos parlamentares membros da Frente as principais demandas da região de Campo Mourão.
“Esse novo pedágio vai influenciar os próximos 30 anos no nosso estado, principalmente na região de Campo Mourão. O atual modelo apresentou falhas, casos de corrupção, obras inacabadas e que causou 24 anos de prejuízo. Agora querem apresentar um novo modelo com novas praças de pedágio, mais quilômetros de rodovias e com o degrau tarifário. Não podemos aceitar isso. Queremos o modelo de menor preço e com obras sendo realizadas no início da concessão”, explicou o coordenador da Frente Parlamentar sobre o Pedágio, deputado Arilson Chiorato (PT).
Apresentação – A audiência iniciou com uma apresentação realizada pelo primeiro secretário da Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), na qual ele demonstrou um panorama do modelo atual de pedágio, com erros e equívocos cometidos no modelo de concessão em vigor no estado do Paraná.
Romanelli reforçou que o modelo apresentado se trata de um risco, já que o desconto está limitado em um valor de 17%, o que pode representar no futuro uma tarifa com o valor que pode chegar a 80% dos preços praticados atualmente. A apresentação mostrou ainda que o modelo inclui o chamado degrau tarifário, que representa o aumento da tarifa compulsoriamente em até 40% após a realização das obras e duplicações.
Lote 5 – A região de Campo Mourão está incluída no lote 5 da nova modelagem, abrangendo 430 quilômetros de rodovias. A proposta mantém as praças de cobrança de Floresta, Campo Mourão e Corbélia, e inclui duas novas praças: Toledo e Mercedes. Ao total, o contrato prevê R$ 16,1 bilhões em receitas nos 30 anos de contrato, sendo R$ 4,33 bilhões em investimentos e R$ 4,09 bilhões em operação.
Atualmente, nas praças de Floresta, Campo Mourão e Corbélia são cobradas tarifas de R$ 17,70. Os preços sugeridos para essas praças, pela nova proposta, são de R$ 9,96, R$ 9,20 e R$ 9,62, respectivamente. Após as obras de duplicação, essas tarifas subirão 40% de acordo com a nova modelagem. Para as novas praças, de Toledo e Mercedes, estão previstas tarifas de R$ 10,99 e R$ 9,04, respectivamente.
“A tarifa nova tem que ser, no mínimo, metade do valor do modelo atual. Além disso, deixaram de fora, novo modelo, a ligação entre Campo Mourão, Pitanga e Guarapuava. O Governo afirma que não dá lucro. E nós não queremos esperar alguns anos para as obras começarem. É preciso fazer as obras necessárias e previstas logo no início do contrato de concessão. Sem enrolação. Por isso, defendemos o depósito caução para garantir a realização dessas obras”, afirmou o primeiro secretário da Assembleia.
Audiências – A Frente Parlamentar já realizou audiências de forma presencial nas cidades de Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Cornélio Procópio, Guarapuava, Francisco Beltrão e Apucarana, além de audiências remotas nas cidades de Umuarama, Paranavaí, Ortigueira, Telêmaco Borba, Paranaguá e Ponta Grossa.
Fonte ALEP