O debate sobre o ‘novo’ modelo do pedágio esta semana acontece na região centro-sul do Estado. Guarapuava recebe a Frente Parlamentar sobre o Pedágio, da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), nesta quinta-feira, dia 18, e na sexta-feira (19) é a vez de Francisco Beltrão, que receberá a comissão na Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop).
A audiência de amanhã (19/02) acontece na Câmara Municipal a partir das 9 horas e poderá ser acompanhada pelas redes sociais da Alep, pela TV Assembleia e também pelas redes sociais do deputado Arilson Chiorato (PT), coordenador da Frente do Pedágio. Ao todo 30 deputados, dos 54 da Alep, integram a Frente do Pedágio.
Na avaliação do deputado Arilson é imprescindível a participação da sociedade civil, em especial, neste tema, uma vez que impacta a todos. “Estamos recebendo sugestões, reclamações e críticas que serão levadas ao Governo Federal e ao Estado. O Paraná inteiro será penalizado, mais uma vez, com o aumento de 55% de praças, saltando de 27 para 42, e com o aumento de mais 800 km de estradas pedagiadas, além dos 2.505 km atuais”, assinala.
Arilson acrescenta ainda que a taxa de outorga ao Governo Federal, que é mais um imposto embutido no valor do pedágio, e o degrau tarifário, que abre a possibilidade à pedagiadora a aumentar o valor do pedágio após a realização das obras em 40% vão reduzir drasticamente a competitividade da economia paranaense.
“Outro ponto importante que não foi discutido é o aumento do número de veículos. E também não podemos permitir a participação de empresas que simplesmente não entregaram as obras, mas cobraram por elas. Essas obras aparecem na nova proposta como novas, mas, na verdade, serão cobradas novamente”, pontua.
Risco à economia
O coordenador da Frente do Pedágio observa que Guarapuava, no centro-sul do Paraná, é cortada pela BR-277, principal via de acesso entre Curitiba e Foz do Iguaçu e também considerada a principal Rodovia do Mercosul, que liga o Porto de Paranaguá ao Paraguai e à Argentina.
“A região central foi muito penalizada por falta de obras e temos que tomar muito cuidado para não sofrer uma desindustrialização por causa do pedágio, que inviabiliza o desenvolvimento econômico e aumenta a o custo de vida, uma vez que encarece produtos e serviços”, observa.
Avaliação Romanelli
O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB) explica que as audiências vêm mostrando que o modelo proposto pelo Governo Federal precisa de diversos ajustes para garantir tarifas mais baixas e obras. “Os usuários e os moradores têm se manifestado majoritariamente contra esse modelo que traz a cobrança de taxa de outorga, limita a competitividade entre os participantes e impõe um degrau tarifário de 40 % para as pistas duplicadas”, disse.
Lote
Pela proposta do Governo Federal, as regiões de Guarapuava e Francisco Beltrão estarão nos cerca de 660 quilômetros do lote 6. O lote abrange as rodovias BR-163, BR-277, BR-158, PR-180, PR-182, PR-280 e PR-483 e estão previstas nove praças de pedágio, sendo três novas (Ampere, Lindoeste e Pato Branco).
Na próxima semana, as audiências acontecem em Maringá e Apucarana.
Fonte – Assessoria deputado Arilson Chiorato com informações da Alep