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Governador deixa inflação corroer salários de servidores, mas dá isenção bilionária a grupo seleto de megaempresários

Por Arilson Chiorato, deputado estadual e presidente do PT-PR

A Assembleia Legislativa do Paraná teve uma semana bastante movimentada, isso porque entrou em pauta a discussão sobre aumento salarial, reajuste inflacionário e demais dispositivos que dizem respeito às carreiras do funcionalismo público.

Em Curitiba, houve protesto de servidores, especialmente de policiais que estavam mobilizados em defesa de seus direitos. Acompanhamos a discussão sobre as perdas nas carreiras das Polícias Militar e Civil, assim como as dificuldades de condições de trabalho da Polícia Científica, que há tempos estamos denunciando.

Mas, na realidade, todas as carreiras estão sofrendo com a opção política do Governo Ratinho em não conceder reajuste salarial adequado. Neste caso, nem estamos falando de aumento salarial, mas em reajuste da inflação. Os salários estão defasados, pois o acúmulo da correção inflacionária não repassada para os servidores já soma 34%. E isso não é sobre uma carreira ou outra, mas sobre todas as carreiras do funcionalismo do Poder Executivo.

Portanto, a Oposição apresentou um pacote com 16 emendas (completamente possíveis de serem implementadas) sobre diferentes carreiras do serviço público. Mas, a base governista rejeitou as propostas que não apenas beneficiavam os servidores públicos, mas que também corrigiam injustiças que estão perdurando há anos. O aumento defendido pela Oposição representa o dobro do que foi apresentado pelo Executivo.

É fundamental compreendermos que há condição de atender as demandas apresentadas, o que falta é vontade política. O que falta é comprometimento com os serviços públicos que são desempenhados pelos servidores que estão sofrendo com arrocho salarial.

A opção política do Governo em não reajustar corretamente os salários fica evidenciado no fato do Executivo ter enviado projeto para ser aprovado pelos deputados poucos dias antes de começar o prazo em que não é mais permitido conceder aumento salarial para servidores em ano eleitoral. A estratégia do Governo foi clara: impedir a discussão na Assembleia e a mobilização dos servidores afetados.

Mas essa opção política também fica escancarada quando vemos os números do superávit da COPEL e SANEPAR, quando analisamos as finanças e a condição que o Executivo tem em conceder reajuste e aumento salarial para os servidores. Fica escancarado que é falta de vontade quando a renúncia fiscal das grandes empresas é bilionária.

Há aqui, uma evidente escolha política, que optou em beneficiar os ricos, em vez de promover melhores condições de trabalho, garantir os direitos dos servidores e contribuir com a redistribuição de renda e melhora da economia paranaense.

Quem o Governador acha que vai ajudar a alavancar as vendas do mercadinho do bairro, os servidores ao receberem o reajuste salarial ou seleto grupo de megaempresários beneficiados com a renúncia fiscal?

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