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É hora de combater a barbárie

Por Arilson Chiorato*

É incrível como o ambiente político é capaz de expor o pior e o melhor das pessoas. As crenças apontam se o indivíduo tem opção pelos mais pobres, por aqueles que sofrem diferentes preconceitos, e as pautas dos direitos humanos não são exclusividades da esquerda, apesar de ter um apelo e um aprofundamento maior sobre tais questões, acontece que as liberdades individuais, civis, são pautas defendidas por ambos os espectros políticos.

Mas então vemos que tem aqueles que flertam com a barbárie, que se escondem atrás de um espectro político radical para defender tortura. E parece cena de um filme de horror, mas não é. Infelizmente estamos cada dia mais acostumados em vivenciar situações deploráveis como estas.

Em sessão da Assembleia Legislativa do Paraná, na segunda-feira (25/04), um deputado bolsonarista afirmou que a ditadura militar no Brasil nunca existiu, que “a esquerda mudou a história”. Como se não bastasse tal afirmação, o parlamentar teve a audácia de dizer que só foram torturados aqueles que mereceram. Acredito que eles têm certeza de que quando fazem uma fala dessas, estão sendo corajosos de enfrentar o pensamento dominante. Porém, não há nada de corajoso em tripudiar e exaltar o ódio e o sofrimento.

Espanta-me pensar que as pessoas confundem liberdade de expressão, que confundem o direito do parlamentar se expressar politicamente com ataques à democracia. E o curioso é que o parlamentar se sente no direito de defender este período lastimável de nossa história, de fazer apologia à tortura, mas que aqueles que ele chama de “guerrilheiros”, que buscavam a restauração da democracia, não podiam expressar sua opinião.

É inaceitável que um deputado afirme que as pessoas deveriam ter sofrido mais tortura. Falta postura, mas acima de tudo, falta humanidade.

Devemos nos levantar para combater a política do ódio, para debater com a população, o quanto isso tem sido prejudicial para nossa sociedade e, principalmente, do quanto a extrema direita se utiliza desta estratégia para influenciar grupos extremistas e promover cortinas de fumaça que são fundamentais para que tenham êxito em seu projeto de destruição.

*Arilson Chiorato é deputado estadual, presidente do PT-PR e Líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná

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