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Durante a pandemia, Ratinho gasta 43 vezes mais em asfalto do que em Saúde, aponta Arilson

Levantamento realizado pelo deputado estadual Arilson Chiorato (PT) aponta que, desde o início da pandemia de coronavírus no Paraná, o governo Ratinho Jr. publicou 24 decretos de alterações orçamentárias somando R$ 908 milhões de reais.

Contudo, de todo esse “dinheiro novo” do Poder Executivo, apenas R$ 7,6 milhões foram destinados à Secretaria de Saúde para o enfrentamento ao Covid-19. No mesmo período, o governador destinou R$ 328 milhões para o asfalto na Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL) e para a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDU).

Durante a pandemia, Ratinho gasta 43 vezes mais em asfalto do que em Saúde, aponta Arilson

Foram alocados 43 vezes mais recursos para asfalto nos municípios do que recursos para enfrentamento da pandemia.

Para o levantamento, foram contabilizados os decretos de superávit financeiro publicados pelo Poder Executivo entre 20 de março e 14 de abril.

Segundo o parlamentar, os remanejamentos orçamentários do Poder Executivo no período revelam que o governo está pensando mais no impacto eleitoral do asfalto do que no enfrentamento ao coronavírus.

“Só a Assembleia Legislativa do Paraná repassou R$ 37 milhões para ajudar no combate ao coronavírus, mas o governo acabou fazendo o repasse de apenas R$ 7 milhões para a Secretaria de Saúde desde que iniciamos o enfrentamento ao coronavírus. Estamos falando de dinheiro que não estava previsto no orçamento em um período onde a prioridade total é superarmos a pandemia e seus efeitos no Paraná. Isso é inadmissível”, salienta o deputado.

Chiorato ressaltou durante a sessão virtual da Alep que a pandemia está se abatendo sobre a humanidade de uma forma dramática, pessoas estão morrendo em poucos dias após serem infectadas pelo vírus. Ele também lembrou que o processo de disseminação do vírus se mostra extremamente eficaz a ponto de impor um confinamento em escala global.

“O enfrentamento à esta nova realidade tem imposto desafios às pessoas, às empresas, mas especialmente ao poder público. O Estado é o único ente capaz de organizar e dirigir a sociedade, bem como é o único capaz de fazer e organizar os investimentos necessários, nas áreas estratégicas ao enfrentamento da doença e de seus impactos sociais e econômicos”, explica.

O deputado também ressalta que a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020, votada em 2019, não considerou a existência do coronavírus, até porque naquele momento a pandemia sequer existia.

“Sendo assim, para fazer frente aos novos gastos impostos pela nova realidade, faz-se necessária a alteração deste mesmo orçamento com vistas a alocar recursos nas ações capazes de fazer este enfrentamento”, afirma.

Para Arilson, tanto o combate à doença quanto seus reflexos sobre as vidas das pessoas e empresas que foram obrigadas a parar, tornam-se prioridades que não estavam consideradas na Lei Orçamentária de 2020. Sendo assim, torna-se imprescindível que o governo faça as devidas revisões na LOA, alterando suas prioridades e estabelecendo todo o foco no combate à pandemia e seus efeitos.

“Nos preocupa quando o governador Ratinho destina 43 vezes mais recursos para asfalto que para o salvamento das pessoas que podem ter suas vidas ceifadas pela crise.
É como se você tivesse se programado para reformar sua casa em 2020. De repente seu filho é acometido por uma grave doença e está com a vida em risco. Apesar disso você mantém a reforma da casa a todo vapor ao invés de levá-lo ao médico. Entendemos que o asfalto no município é importante sim, mas diante da realidade que estamos talvez pudesse ser deixado para 2021″, destaca Chiorato.

Por Louan Brasileiro, da Assessoria de Comunicação com Liderança de Oposição

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