O deputado estadual Arilson Chiorato (PT) acionou nesta quarta-feira (10/09) a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), para apurar a ação violenta da Polícia Militar do Paraná (PM-PR) empregada contra estudantes no prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba.
A manifestação estudantil ocorreu ontem (09/09) à noite no campus da universidade. Encaminhamentos também deverão ser dirigidos ao Ministério da Educação (MEC), para a Advocacia-Geral da União (AGU), Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal e também a Ordem Dos Advogados do Paraná.
“Todo meu repúdio à violência e invasão praticada pela PM de Ratinho Jr. ao Prédio Histórico da UFPR. A Polícia Militar agrediu estudantes que protestavam contra uma palestra promovida por figuras políticas da extrema-direita com o intuito de atacar o Supremo Tribuna Federal (STF) e defender os autores da trama golpista”, relata o parlamentar.
Na avaliação do deputado Arilson, o caso exige apuração independente da Comissão de Direitos Humanos, pois há inúmeros relatos de abusos cometidos pelos policiais acionados para atender a ocorrência. Os estudantes, de forma pacífica, protestavam contra a entrada do advogado Jeffrey Chiquini e do vereador Guilherme Kilter (Novo) no Salão Nobre da universidade, onde pretendiam ministrar uma palestra, que foi cancelada pela UFPR, defendendo atos golpistas. Os proponentes, segundo a instituição, teriam sido avisados do cancelamento, mas compareceram e forçaram a entrada ao local, dando início à confusão.
“Estamos tomando todas as providências necessárias para identificar e responsabilizar os envolvidos. Essa truculência da PM de Ratinho Jr. não pode ficar impune. Aliás, esse comportamento precisa ser combatido. A PM deveria servir, e não agredir os cidadãos paranaenses. Depoimentos e vídeos nas redes sociais comprovam a necessidade de uma apuração rigorosa, o que será feito através de uma apuração independente da CDHC/ALEP, ouvindo as vítimas, coletando imagens e documentos relativos a esse evento”, afirma.
No documento protocolado, o deputado Arilson solicita, entre outras providências, que sejam feitas comunicações aos seguintes órgãos:
Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal: para ciência e possível instauração de procedimento de apuração;
Advocacia-Geral da União (AGU): para análise e eventual abertura de procedimento sobre a conduta das autoridades estaduais envolvidas;
Ministério da Educação (MEC): com o objetivo de apurar os impactos da ação policial no ambiente universitário federal;
Seccional Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR): solicitando a instauração de procedimento interno e envio de arquivos e imagens do ocorrido para avaliação jurídica.
Foto: Tami Taketani/Plural