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Deputado Arilson participa de audiência pública que pede a volta da Copel pública

Partidos da oposição, entidades sindicais e movimentos sociais lançam uma campanha pelo cancelamento da venda da Copel. O movimento se concentra na coleta de assinaturas para a apresentação de um Projeto de Iniciativa Popular (PLIP) que autorize o Governo do Paraná a fazer a recompra de ações da empresa e retomar o controle acionário da empresa. A expectativa é de que a coleta dessas assinaturas tenha início em dezembro e o objetivo de assinaturas seja atingido até março de 2026.

O alvo da campanha é coletar pelo menos 90 mil assinaturas físicas. A audiência acontece nesta terça-feira (09/12) na Comissão de Constituição e Justiça, da Assembleia Legislativa do Paraná, a partir das 18 horas.

O deputado Arilson Chiorato, líder da Oposição e presidente do PT-PR, participa da audiência e reafirma sua posição contrária à privatização da Copel. Antes da entrega da empresa púbica ao setor privado, o deputado organizou inúmeras audiências para barrar o leilão. Após a venda, o parlamentar continua denunciando a precarização dos serviços, quedas de energia, oscilações e até apagões. “Com certeza, essa iniciativa tem o meu apoio”, afirma o deputado.

Um levantamento recente aponta que, desde a privatização da Copel em agosto de 2023, há uma “queda no nível de confiabilidade do serviço elétrico” no Paraná. Várias cidades e áreas rurais relatam “apagões constantes e prolongados”, além de “oscilações frequentes” de energia. Reclamações aumentaram bastante: há denúncias públicas de que “388 dos 399 municípios paranaenses já registraram episódios recentes de apagão.”

Outros dois dados obtidos com a ANEEL serão apresentados durante a audiência pública. Um deles mostra que os apagões têm sido mais sentidos pelos consumidores por conta do tempo de reparo entre a queda de energia e a retomada do serviço. Possível efeito da terceirização das equipes de manutenção. O outro gráfico a ser apresentado revela que as “compensações por violações no nível de tensão” saltaram de R$ 100 mil para R$5 milhões, sendo que o maior aumentou ocorreu após a Copel ter sido vendida.

O foco da audiência pública é mostrar que a privatização teria reduzido o quadro próprio da empresa e aumentado a terceirização, o que, conforme relatos de moradores, resultou em demora nos reparos e menor prontidão da manutenção. Muitas reclamações mencionam falta de materiais básicos para conserto, o que sugere problemas de logística ou de gestão da manutenção da rede.

A pressão sobre o sistema aumenta quando há eventos climáticos (chuvas, ventos, tempestades) — nesses casos, as consequências têm sido graves: desligamentos em massa, prejuízos para produtores rurais, demora na religação, entre outros.

O PLIP

Partidos políticos, movimentos sindicais e sociais participam da audiência para denunciar a piora do serviço da Copel e dar início a coleta de assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular (PLIP). O projeto pode ser apresentado desde que seja alcançado 1% do eleitorado estadual, distribuído em pelo menos 50 municípios, com 1% dos eleitores de cada um. As assinaturas podem ser feitas de forma física ou eletrônica. Porém, no caso das eletrônicas, somente são válidas aquelas realizadas com certificado digital emitido por autoridade certificadora.

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