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Caso Moro: agora com provas, sem convicção e PowerPoint

Por Arilson Chiorato, deputado estadual e presidente do PT – artigo publico orginalmente no Brasil de Fato PR

Em breve, o ex-juiz Sergio Moro irá responder no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) por abuso de poder econômico, caixa dois e utilização indevida de meios de comunicação social durante a pré-campanha eleitoral de 2022. O cenário pode até parecer crítico demais para um ex-paladino midiático da justiça, que corre o risco de ter seu mandato de senador cassado, mas não é. Sabe por quê? Porque seu julgamento será baseado em provas, e não em uma apresentação fajuta de PowerPoint, que levará o juiz à convicção. Convicção essa que sentenciará alguém.

O ex-juiz deveria se preocupar, de verdade, se estivesse à sua espera um juiz convicto, midiático e que usasse diferentes recursos da Justiça, como delação premiada, grampos telefônicos e condução coercitiva para atender a seus próprios caprichos. E mais um detalhe: vazamentos estratégicos para o jornal televisivo de maior audiência no Brasil.

Definitivamente, o ex-juiz não provará de seu próprio veneno, porque a democracia e a independência entre os poderes não sucumbiram aos ataques promovidos pela horda de fanáticos saudosistas da ditadura militar. O ranço fascista ainda paira no ar, mas, dia a após dia, é combatido com informação e respeito.

Também tenho certeza que nenhum membro da corte, do TRE-PR, que julgará o caso do ex-juiz, não dará entrevista espezinhando-o ou humilhando-o, porque sabemos que a sentença fala por si, não havendo a menor necessidade da emissão de juízo de valor sobre quem é julgado.

Por isso, sobre o caso Moro no TRE-PR, espero apenas que a justiça seja feita. Nada mais, nada menos. Que a justiça também seja feita no caso que corre no Supremo Tribunal Federal envolvendo o ex-juiz por supostos crimes de coação, chantagem, constrangimento ilegal e organização criminosa. É assim, com cada instituição exercendo o seu papel constitucional, que a democracia se fortalece e garante direitos básicos, como um julgamento justo.

foto – Lula Marques

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