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Audiência Pública: Foz revela insatisfação ao novo modelo de pedágio

O Auditório da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (Acifi) foi o palco da segunda audiência pública na manhã deste sábado (6) para discutir o novo modelo de concessão das rodovias que cortam o Paraná, tanto federais quanto estaduais. Até o início de março outros oito encontros serão realizados pela Frente do Pedágio da Assembleia Legislativa (Alep) em diversas regiões do Paraná para debater a proposta apresentada pelo Ministério da Infraestrutura, que tem o apoio do Governo Estadual.

Arilson Chiorato durante abertura da audiência pública na Acifi em Foz do Iguaçu

Assim como ocorreu na última sexta-feira (5) em Cascavel, lideranças de Foz do Iguaçu, que representam diversos setores como o produtivo, de turismo, do transporte e até da Igreja Católica se manifestaram contrários à proposta apresentada pelo Governo Federal. Os principais pontos sobre as concessões foram apresentados no início do evento pelo deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB). A audiência também pôde ser acompanhada pelas redes sociais e TV Assembleia.

Para o coordenador da Frente do Pedágio, o deputado Arilson Chiorato (PT), as audiências têm confirmado a insatisfação da população paranaense, que está cansada de pagar caro pelo pedágio e, ao final, ver as rodovias sem as obras prometidas em contratos. “As audiências têm mostrado a união da população contra esse modelo abusivo de pedágio. Ninguém aguenta pagar mais tanto pedágio e, se não bastasse, ainda querem aumentar as cobranças e reduzir as obrigações”, ressalta.

Arilson observa que a proposta quer que “o cidadão paranaense engula mais 15 novas praças de pedágio, que vai saltar de 27 para 42, o que representa que terá uma praça de pedágio a cada 79 km. Hoje, pagamos pedágio a cada 92 km, o que já é um absurdo”, avalia. Atualmente, estão sob concessão 2.500 km, o novo modelo prevê 3.327 km de rodovias pedagiadas.

Outro ponto, segundo o coordenador da Frente do Pedágio, que é uma afronta à economia e ao paranaense, é o incremento da taxa de outorga. “Além dos custos de manutenção e obras, tem tarifa extra para os cofres do governo, que já taxa o motorista com o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores)”, alerta.

A taxa de outorga, que é um dos fatores de desempate entre as concorrentes num futuro leilão, é uma das principais reclamações da população durante as audiências. “Cascavel, Foz e Toledo vão ficar cercadas de pedágios, o que vai impedir o desenvolvimento econômico dessa região. Não podemos permitir a renovação deste modelo, piorada, por mais 30 anos. Ficou claro, nesses dois encontros, pedágio só se for com a menor tarifa, como já ocorre em outros estados”, defende.

Próximas audiências – As próximas cidades a receberem as audiências são Londrina (11/02) e Cornélio Procópio (12/02).

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