Em discurso nesta terça-feira (09/08) na Assembleia Legislativa (Alep), o deputado Arilson Chiorato (PT) destacou a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que condenou o ex-procurador Deltan Dallagnol a restituir aos cofres públicos R$ 2,8 milhões gastos com diárias e passagens de membros da Lava Jato, decisão que pode tornar Dallagnol inelegível nas eleições de outubro.
“Deltan está pagando o preço pelo excesso de hipocrisia, pela arrogância, perseguição política, pela falta da verdade nos autos, pelo uso da convicção sem provas. O Power Point não existe, serviu apenas de peça publicitária. Tentaram fazer política no Judiciário. Tentaram ocupar cargos políticos, sendo concursados para cargos no Ministério Público e no Poder Judiciário. E, hoje, o resultado está aí. Os tempos sombrios do lavajatismo criaram esta aberração que ocupa a presidência da República e que conduziu o Brasil a essa situação desesperadora, esta pessoa que usa o ódio como ferramenta política”, disse.
Líder da Oposição, o deputado Arilson afirmou que a fome e o desemprego do Brasil atualmente têm a digital da “lava jato”, coordenada por Deltan e Sérgio Moro.
“Hoje (ontem) foi publicada uma pesquisa que mostra um em cada quatro brasileiro não consegue pagar suas contas. Precisa escolher entre comprar comida, pagar água ou pagar luz. É, na verdade, um retrato do Brasil perdido, em grande parte destruído pelo lavajatismo. A fome de hoje tem a digital da lava jato, o desemprego de hoje tem a digital da Lava Jato’, as pessoas morando na rua têm a digital da ‘lava jato’. São cúmplices da criação do bolsonarismo, levaram Bolsonaro ao poder, e hoje enfrentamos a situação caótica no Brasil”.
O parlamentar ressaltou que, curiosamente, na mesma semana em que Dallagnol é condenado e se torna inelegível, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebe a candidatura da chapa Lula-Alckmin à presidência da República.
“A esperança começa a renascer nos olhos do povo brasileiro. O povo está com saudade do tempo em que o Brasil deu certo. Do tempo em que a fome foi extirpada do Brasil, quando foram tiradas 40 milhões de pessoas da linha de pobreza. Saudade do tempo em que o Brasil foi a sexta economia do mundo. Saudade dos programas com o PAC; Minha Casa, Minha Vida; Bolsa Família, que foi um alicerce de desenvolvimento, levando dignidade para milhões de pessoas.”
Para o deputado Arilson, o Brasil precisa de um governo que olhe pelos mais pobres e que, efetivamente, se preocupe e cuide efetivamente das pessoas.
“No lugar de incentivar a arma, vamos incentivar o livro. No lugar de falar de violência, vamos falar de amor. No lugar de apenas vociferar que é cristão, vamos praticar o cristianismo, com solidariedade e fraternidade. Vamos olhar para os mais pobres, incluir as pessoas no orçamento, e não faremos perseguição política e muito menos participaremos de ativismo judiciário. Um Brasil que cuide das pessoas, que no lugar de zombar de mais de 600 mil mortos, de se emocionar e ter empatia com esta situação triste”.
Fonte – Assessoria Oposição