O Brasil não pode aceitar a destruição do poder de compra e dos direitos sociais do povo pelo governo Bolsonaro, disse o deputado estadual Arilson Chiorato (PT) em discurso hoje (14) na Assembleia Legislativa (Alep) após o mega aumento nos preços da gasolina, gás de cozinha e diesel anunciado pelo governo federal na sexta-feira.
“O poder de compra e os direitos sociais do povo foram retirados pelo governo Bolsonaro. Não dá para admitir! Temos que parar com hipocrisia. É ano de eleição, é quando a verdade vem à tona, e temos que fazer esta comparação!”, afirmou.
Líder da oposição na Assembleia, Arilson explicou que a gasolina subiu 116% no governo Bolsonaro, enquanto o gás de cozinha e o diesel aumentaram, respectivamente, 69% e o 82%.
“Isso tem um impacto brutal na vida da população e para o setor produtivo. Todo mundo perde. O povo está fazendo parcelamento de botijão de gás, empréstimo para pagar água e luz!”, disse, preocupado.
O deputado atribuiu a responsabilidade pela explosão nos preços dos combustíveis ao governo federal, que modificou a política de preços da Petrobras visando o lucro dos acionistas internacionais.
“A culpa do aumento dos combustíveis é do governo federal, que mudou a política de preços da Petrobras. Antes, o preço do combustível era baseado no custo de produção em reais. Por isso, a gasolina no governo Lula era R$ 2,75. O que acontece hoje? O governo adotou a política de preço internacional, a PPI, em um processo de dolarização do custo de produção, o que resulta na gasolina a R$ 8 nas bombas. Inadmissível! A gasolina, no governo Lula, custava R$ 2,75 e agora custa R$ 8. Como pode? É a mesma Petrobrás! O gás era R$ 38 e hoje está R$ 140. A cesta básica, que era R$ 266, hoje custa R$ 715”.
Presidente estadual do PT, Arilson ainda alertou a população que as políticas adotadas pelo governo Bolsonaro, extremamente prejudiciais ao povo, são copiadas no Paraná pela gestão Ratinho Jr.
“O governo Ratinho Jr. segue a cartilha do governo Bolsonaro. A Copel e a Sanepar operam com aumentos de tarifas abusivos, visando a distribuição de lucros e dividendos aos acionistas estrangeiros. Venderam a Copel Telecom; a Compagás está na mira da privatização; a renúncia fiscal é de R$ 17 bilhões; temos o sucateamento e as terceirizações na educação; a intervenção nas universidades na LGU; o calote nos servidores. Existe muita similaridade entre o governo do Paraná e as práticas do governo federal. São governos que andam juntos”.
Orlando Kissner/Alep