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Coronavírus: como enfrentaremos esse desafio?

Por Arilson Chiorato

No Brasil, o primeiro caso de corona virus foi confirmado no dia 24 de fevereiro, hoje já são 76 casos confirmados, pessoas que podem ter contaminado outras. Até mesmo o Secretário de Comunicação do Presidente Bolsonaro foi infectado nos EUA em agenda oficial e o próprio presidente submetido ao exame. No Paraná já são 6 casos confirmados, sendo 5 na capital e 1 em Cianorte.

No Paraná já são 6 casos de Coronavirus confirmados, sendo 5 em Curitiba e 1 em Cianorte
(Foto: Reprodução)

Neste artigo parabenizamos e valorizamos os pesquisadores e pesquisadoras que conseguiram sequenciar o genoma do coronavírus em menos de 48h, o que mundialmente levava, em média, 15 dias. Uma vitória que deve servir de exemplo para o controle da doença no país. E que reforça nossa capacidade e disposição para avançarmos sobre outras frentes, como o diagnóstico, o preparo da equipe e a estrutura material e humana focada nas soluções.

As informações divulgadas oficialmente colocam o Paraná numa situação positiva quanto ao preparo realizado de antemão: capacitação e treinamento de agentes de saúde para lidar com a doença, além de monitoramento constante daqueles em suspeita. Leitos SUS foram preparados com antecedência ao longo do estado para receber potenciais pacientes com necessidade de isolamento. Resta saber se os preparativos darão conta da necessidade. Ao mesmo tempo, é urgente a realização de campanhas de conscientização quanto à forma de infecção e de prevenção. De forma geral, temos vistos esforços em todos estes âmbitos por parte da Secretaria de Saude do Estado.

A situação é grave por si, e não deve escalar às alturas se tivermos um diálogo franco e aberto com os paranaenses. A informação é fundamental para que as pessoas não se desesperem e saibam colocar em prática os cuidados orientados.

É fundamental que neste momento os profissionais de saúde possam ir até a casa das pessoas que apresentem os sintomas, evitando superlotação das unidades de atendimento e possível proliferação do vírus em um grupo de pessoas já fragilizadas. Uma alternativa viável pode ser a criação de uma espécie de “DISK atendimento Coronavírus”, diminuindo potencialmente a exposição de pessoas com suspeita e dos demais cidadãos, sem deixarmos de prestar a assistência necessária. O estado precisa ter inteligência e se empenhar nesta pauta, é por esta razão que o Governador precisa tomar a frente e explicar para a população paranaense de que o forma o Governo vai agir para protegê-la.

CONTEXTO HISTORICO E MUNDIAL DA PANDEMIA

O novo coronavírus, COVID-19, que surgiu em Wuhan, na China, foi considerado nesta quarta-feira (11) pela OMS (Organização Mundial da Saúde) uma pandemia. Ou seja, um surto de grande disseminação mundial. Este fato deve colocar a população em alerta para os cuidados a serem tomados, mas principalmente os governantes, para que busquem medidas efetivas para o controle e o impedimento de que o vírus se alastre.

Na China, pelo menos 3 mil pessoas morreram e mais de 80 mil foram infectadas. É importante frisar que a China sofreu bastante no início do ano, por não saber ainda a natureza e extensão do problema e precisar, de forma inédita, percorrer o caminho para sequenciar o genoma viral e analisar qual a melhor estratégia de ação para combater a difusão do vírus. Porém, mesmo se tratando de uma novidade, a China não mediu esforços para proteger a população e atender os infectados. Construiu hospital com mais de 10 mil leitos em menos de 10 dias, um recorde humano, mas principalmente político.

Além da construção de hospitais, também tomou medidas de precaução como a quarentena e esvaziamento das ruas, com consequências positivas para contenção da doença.

Ainda assim, o vírus não demorou para tomar proporções globais, chegando à Europa, e logo aos Estados Unidos. Hoje, a situação mais dramática é vivenciada pela Itália, onde, em duas semanas, os casos confirmados aumentaram de 229 para 9172. Esta semana, o vídeo de um ator italiano viralizou nas redes: o homem segue em quarentena dentro de casa com a irmã, que faleceu devido ao vírus. O caos tomou conta de muitas cidades e regiões ao longo do mundo, decidiram então fechar o comércio para evitar a circulação de pessoas e a propagação do vírus.

O cientista e biólogo brasileiro Atila Iamarino alerta que a Itália só chegou a essa situação porque demorou muito para conseguir diagnosticar os casos e apontou que é provável que o mesmo aconteça em cidades estado-unidenses. O Governo Trump agora reconheceu a agressividade do vírus e resolveu, tardiamente, fechar as portas para os vôos da Europa, país que enfrenta a situação mais crítica no momento.

Arilson Chiorato é Administrador, Mestre em Gestão Urbana, Deputado Estadual e presidente estadual do PT Paraná.

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